sexta-feira, 22 de abril de 2011

Deus e o ateu, um relato sobre consciencia

Hoje venho para trazer algo novo. Em uma de minhas postagens meu professor de esperanto mandou-me um comentário sobre o post e mandou junto um link para um assunto muito interessante, a logosofia. Inspirado neste fato trago hoje  um texto falando um pouco sobre minha visão de mundo.
Um dos fatos mais discutidos na atualidade (e mais segregado) é  a existencia ou a não-existencia de uma entidade superior. Neste âmbito podemos ver dois blocos distintos, os ateus e os teístas(pessoas que acreditam em algum ser superior). Dentro do grupo teísta temos uma gama imensa de divisões ideológicas (religiões). O grupo ideológico mais abrangente é o dos agnósticos, que tanto podem ser ateus como podem ser teístas(agnósticos são aqueles que não acreditam que a mente humana seja capaz de codificar a vontade de um ser superior). Mas aí lhes pergunto meus caros, Deus existe ou não existe? Por qual motivo não há uma concordancia neste tema?
Primeiro quero mostrar um teoria minha. Suponha que tudo que você sabe seja a verdade, sendo esta afirmação verdadeira para todo e qualquer indivíduo capaz de pensar. E suponha também que todos tem ideias diferentes. Neste momento você nota uma contradição, pois se dois indivíduos sabem a verdade, mas partes dela são diferentes para os dois então logicamente um deles está errado, não? Depende. De que prisma estamos  analisando a questão? Se estivermos vendo a verdade TANGÍVEL(VT) então com certeza um dos dois está errado, mas se você estiver analisando a verdade SENSÍVEL(VS) aí a coisa muda de figura.Veja só como isto funciona, a imagem ao lado é de um primata segurando um crânio, não? Isto é uma verdade tangível, ninguem pode duvidar disto. Agora vejo por este ângulo, a imagem é bela ou é só uma foto comum? Aí com certeza vai ter pelo menos uma pessoa que discordará do grupo. Este tipo de verdade é a verdade sensível, mas não deixa de ser verdade. A verdade sensível pode ser dividida em grupos, íntima, compartilhada e geral. A verdade sensível íntima(VSI) é aquela que só você aceita ser verdade. é muito difícil encontrar uma VSI, mas TODAS as VTs surgiram de uma VSI. A verdade sensível compartilhada (VSC) é aquela em que, pelo menos, mais uma pessoa acredita na mesma coisa. Várias VTs tiveram de se transformar em uma VSC para poder virar uma VT propriamente dita. Já a verdade sensível geral(VSG) é aquela em que toda uma população acredita na mesma ideia. É muito difícil encontrar este tipo de VS, e o melhor é que seja desta forma. A VSG diferencia-se tenuamente da VT, por este motivo deve-se ser atento ao que é TANGÍVEL e o que é SENSÍVEL. Baseado nesta ideia cada pessoa tem um 'Universo mental próprio' , que é o conjunto de tudo que você acredita ser verdade.
Voltando a questão do ateísmo e de Deus. Desde tempos antigos o homem cultua a uma(ou várias) entidades superiores. Mas diferente do que muitos pensam, Deus(ou Deuses) não existe(m) para que o homem possa aliviar-se da culpa de existir. O homem criou Deus por que sentiu Deus. Os Deuses são frutos de nossa sensibilidade, e não de nossos desejos(leia-se esta parte como os Deuses que realmente são cultuados, e não aqueles que foram forjados por outras intenções. Este tipo de Deus não existe, ele é apenas uma máscara para o desejo de seu criador). Como Deus é fruto da sensibilidade, não faz sentido argumentá-lo no campo tangível.(Leia-se Sensibilidade uma propensão interna a acreditar em algo. Em suma, Fé). "ah, então o Ateu não sente?". Sim ele sente, mas a sensação dele é diferente. A sensação dele curva-se para a VT, enquanto a sensação de quem acredita em Deus independe da VT. O homem deve saber dividir a VT da VS pois só assim ele pode evoluir. Discutir sobre a VSI é agredir o outro mentalmente. Já discutir sobre uma VSC é bem mais proveitoso. A VSI deve, ao invés de ser discutida, ser mostrada e analisada pelo método da neutralidade científica. A diferença fica no posicionamento das partes. Na discursão cada parte deve defender o seu lado. Na análise as partes pretendem lapidar o que é de proveito para criar uma verdade mais sólida e mais próxima da VT(A VSI não é menos valiosa do que as outras, pelo contrário, mas quanto menos subjetividade menor a chance de atrito). Julgar a crença de outra pessoa é discutir a VSI desta pessoa(No caso de um grupo VSC) e fazer isto não levará em nada além de perda de tempo. Fica a cargo da consciência saber o que pode ser discutido ou não, ou o que pode ou não pode ser julgado.

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